Vai demorar um pouco mais de tempo ainda para que a catastrófica goleada de 22 a 1, sofrida por um selecionado que usou o nome do município de Santo André seja esquecida. Apesar de a partida ter sido disputada contra um dos clubes mais tradicionais do Nordeste, o badalado Treze de Campina Grande e, no seu estádio (Presidente Vargas), nenhum santoandreense gostou das chacotas para com a cidade no dia seguinte em rede mundial de TV, jornais, rádios, sites e de todo tipo de mídia que se possa imaginar.
Um dos mais irritados é justamente o homem mais importante da cidade: o prefeito. Doutor Lonza (PTB) só ficou sabendo que a seleção da terra que ele governa havia acabado de sofrer uma goleada humilhante, pela imprensa. Aí já era tarde demais para se fazer alguma coisa, a não ser agüentar as gozações. “Me ligou gente do Brasil inteiro. Eram meus amigos perguntando porque jogávamos tão ruins a ponto de perder por 22 a 1”, afirma o chefe do executivo.
Segundo doutor Lonza, o time que entrou em campo não pertence ao município. Ele afirma que o culpado de tudo é o vereador, Samuel Marinho (PR), que formou um “pega na rua” e levou para jogar contra o Galo. “A minha indignação é ver o nome de Santo André sendo indevidamente jogado na lama, por quem fez este massacre e humilhou a cidade, o vereador, não poderia ter feito isso conosco”, lamenta-se o Prefeito.
O prefeito afirma que Samuel não reside em Santo André e, por isso, não se importa com o que a população está passando. “Tenho em mãos um parecer do Ministério Público, onde ele mesmo afirma que não mora aqui e só vem quando é para visitar parentes. Além disso, diz que nunca deixou seus afazeres em Campina Grande, onde reside e trabalha, para se dedicar a administração pública de Santo André. Este Samuel é capaz de tudo”, denuncia.
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